Produção de conteúdo
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Podemos definir brevemente o Design Instrucional (DI) como a aplicação de técnicas para facilitar a aprendizagem por meio de materiais de ensino. Ele surgiu da necessidade de explicar didaticamente conteúdos, otimizando o processo de ensino e aprendizagem de acordo com o público.

Como tudo começou?

Imagine 16 milhões de pessoas indo para a Segunda Guerra Mundial, a maioria em sua primeira experiência servindo o exército norte-americano. Não havia tempo hábil para o treinamento completo e toda a informação transmitida era crucial para o sucesso na guerra e proteção à vida dos soldados, enfermeiras e novos oficiais.

Já pensou se você estivesse em uma situação como essa? Como faria para ensinar essas pessoas de forma rápida e eficiente?

O Design Instrucional partiu do esforço de psicólogos recrutados para desenvolver treinamentos nesse cenário. O conteúdo e material didático deveria levar em consideração não somente conceitos fundamentais de andragogia, mas deveria se adequar à linguagem do público, conhecimentos prévios e perfil.

Como está hoje?

A metodologia do DI foi depois trazida para outros campos, como Indústria e Negócios, além do meio acadêmico. Toda vez que você abre uma apostila, por exemplo, há a aplicação de técnicas de disposição de informação para otimizar o aprendizado e retenção do conhecimento. Diferentemente do que é encontrado na maior parte dos livros e outras fontes primárias, onde o conteúdo não passa por um “tratamento” pedagógico.

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Como estamos na era da informação e cada vez mais independentes das fontes formais de ensino, somos mais e mais autodidatas navegando pela internet em busca de conhecimento.

O Di hoje também é responsável por entregar ricas experiências de e-Learning, ou aprendizagem digital.

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O Design Instrucional na prática

Partindo de um objetivo educacional, o designer instrucional busca relacionar o conteúdo ou com um problema da empresa, ou com o contexto e ambiente corporativo. Por isso, o DI precisa ter um olhar multifocal, para conseguir atender o objetivo educacional em diversos pontos.

Um dos processos de produção de DI mais usados é o ADDIE:

  • Analysis (análise)
  • Design (estruturação)
  • Development (desenvolvimento)
  • Implementation (implementação)
  • Evaluation (avaliação)

A seguir, veja mais detalhes sobre o que é de fato, ADDIE:

Análise:

  • Definir o perfil do cliente
  • Levantar características do público alvo
  • Definir objetivos do curso (geral e específicos)
  • Estabelecer a concepção educacional e a abordagem a ser utilizada
  • Analisar os conteúdos disponíveis para o curso e definir a carga horária
  • Levantar restrições e alternativas para contorná-las

Estruturação e desenvolvimento

  • Planejar o “escopo” do conteúdo do curso (como o conteúdo será dividido, se haverá uma metáfora etc)
  • Elaborar o roteiro do curso, baseado no resultado da análise
  • Planejar e elaborar materiais e recursos instrucionais, tais como: vídeos, áudios, imagens, guias-rápidos etc
  • Planejar a navegabilidade do curso
  • Definir as formas de avaliação

Implementação

  • Definir de que forma o material produzido irá ser disponibilizado para o público (LMS, e-mail etc)

Avaliação

  • Verificar se os objetivos de aprendizagem foram alcançados

O trabalho do DI é voltado para o desenvolvimento de projetos, ou seja, empreendimentos únicos, de duração limitada e com recursos definidos. Cada atividade instrucional desenvolvida pelo DI é única e diferente de todas as anteriores.

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Design Instrucional EaD aplicado a treinamentos corporativos

Um bom DI busca projetar as melhores experiências de aprendizagem. Mais do que um designer gráfico ou ferramentas poderosas, como o Applique por exemplo, nós profissionais garantimos que o conteúdo do seu treinamento cumpra os objetivos de aprendizagem, de acordo com o perfil do usuário e a linguagem da sua empresa.

5 princípios básicos na hora de produzir um treinamento corporativo EaD

Agora vou contar como trabalhamos com design instrucional EaD aqui na Mobiliza. No dia-a-dia seguimos 5 princípios básicos para produzir os treinamentos corporativos EaD de nossos clientes:

  • As tecnologias utilizadas no e-Learning não devem servir unicamente para reproduzir modelos tradicionais de ensino aprendizagem. Um treinamento EaD, por exemplo, não deve ser apresentado da mesma forma que um treinamento presencial, uma vez que a dinâmica é diferente.
  • Ser muito mais atraente que um treinamento presencial, já que a dispersão é muito mais frequente, seja ela através das abas do navegador ou do próprio ambiente onde o colaborador ou cliente está estudando. Treinamentos 100% em vídeo, por exemplo, costumam dispersar mais facilmente a atenção do aluno, uma vez que replicam o modelo de aulas presenciais. O uso de diferentes recursos multimídia é o que deve nortear o projeto.
  • É preciso ganhar a atenção do aluno, proporcionando a possibilidade do aprendizado. E isso só é possível com o auxílio de um bom planejamento em design instrucional.
  • O planejamento do curso precisa proporcionar o alinhamento entre os programas educacionais e os objetivos estratégicos da empresa, bem como entre as competências que a empresa pretende desenvolver em seus colaboradores para mantê-los competitivos.
  • Proporcionar atividades reflexivas, exercícios de fixação e conteúdos que facilitem o processo de retenção dos colaboradores.

Vale lembrar que capacitar competências e habilidades do colaboradores irá contribuir de forma direta para o crescimento do seu negócio, independente do porte ou segmento dele.

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Conclusão

Resumindo, o DI tem a função de facilitar a aprendizagem, através da aplicação de técnicas e processos de produção específicos, como é o caso da metodologia ADDIE que abordamos no artigo.

Para um bom design instrucional EaD de treinamento, é preciso também conhecer bem seu público, traçar objetivos claros que o treinamento deverá atingir e utilizar abordagens que se encaixem bem a essas duas coisas.

E você, está começando na área ou quer começar a produzir conteúdos para EaD? Comente abaixo suas ideias e dúvidas, ficarei feliz em ajudar!

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Referências:
BRANCH, R. M., KOPCHA, T. J. Instructional design models. In: Handbook of research on educational communications and technology. New York: Springer, 2014, p. 77-87.
FILATRO, A. Design Instrucional na prática. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2008