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Liderança situacional: o que é, vantagens e aplicações na gestão de equipes.

Liderança situacional: o que é, vantagens e aplicações na gestão de equipes.

Formar líderes capazes de se adaptar a diferentes contextos é essencial para uma boa performance da empresa. E é nesse cenário que se apresenta a liderança situacional, um modelo de gestão de equipes que pode oferecer um alto rendimento à organização mesmo em momentos adversos. 

Na contramão das gestões engessadas, na liderança situacional, o líder molda as suas ações de acordo com as demandas, situações internas e externas e características de cada colaborador que compõe a equipe. Daí a explicação para os seus excelentes resultados! 

Neste artigo, explicaremos o que é a liderança situacional, seus principais tipos, suas vantagens e aplicações e como implementá-la com um bom treinamento. Boa leitura!

O que é liderança situacional?

A liderança situacional é um modelo de gestão de equipes centrado na capacidade do líder de se adaptar a qualquer contexto interno ou externo

Ou seja, suas ações estarão sempre embasadas no momento que a empresa e/ou o mercado vivem, e não engessadas como em alguns modelos de liderança. 

Essa habilidade em um líder é extremamente positiva, uma vez que, ao ser um profissional flexível, ele consegue manter um alto rendimento da sua liderança e equipe mesmo diante de crises. 

Para isso, ele deve conhecer bem as competências e habilidades de cada colaborador para, assim, conseguir direcionar com eficácia as ações do time. 

Teoria da liderança situacional

A prática da liderança situacional é embasada na teoria homônima. Desenvolvida no final da década de 1960 por Paul Hersey e Ken Blanchard, ela defende que o ato de liderar é saber moldar suas atitudes de acordo com o nível de maturidade de cada membro da sua equipe.

Nesse sentido, a teoria da liderança situacional acredita que uma ação que funciona com um funcionário pode não funcionar com outro, o que exige do líder uma percepção apurada.

Assim, ele consegue flexibilizar e adaptar as suas atitudes e comportamentos conforme as demandas e o perfil de cada colaborador, bem como de acordo com o contexto (interno ou externo) que a empresa está inserida no momento.

Leia também: Treinamento de alta performance para líderes modernos

Pilares da liderança situacional Flexibilidade e adaptação Direcionamento preciso e eficaz Comunicação clara e bidirecional Desenvolvimento dos colaboradores Motivação

Quais são os pilares da liderança situacional?

Uma liderança situacional deve estar assentada em alguns pilares essenciais que garantem o seu bom funcionamento, sendo eles:

  1. Flexibilidade e adaptação: Essa, sem dúvidas, é a principal característica da liderança situacional. Ela está relacionada à capacidade de o líder de se adaptar de acordo com o nível de competência e motivação de cada membro do seu time. Ou seja, é preciso ser flexível para colher bons resultados. 
  2. Direcionamento: O líder situacional também deve ser capaz de direcionar de forma precisa e eficaz os seus liderados em todas as etapas de uma tarefa. Isso envolve oferecer instruções detalhadas e ser participativo, mas sempre encorajando a autonomia dos funcionários. 
  3. Comunicação clara e bidirecional: O líder deve ter clareza e objetividade em sua comunicação, mas também deve se mostrar aberto ao diálogo e aos feedbacks. Com isso, ele consegue a confiança do seu time. 
  4. Desenvolvimento dos colaboradores: A liderança situacional também foca no desenvolvimento da sua equipe. Para isso, ela oferece programas de treinamento e desenvolvimento para que os colaboradores aumentem o seu nível de conhecimento e ganhem cada vez mais autonomia em suas funções. 
  5. Motivação: um outro importante pilar desse tipo de liderança é o foco em manter sempre os colaboradores motivados e engajados em suas atividades.

Quais são os tipos de liderança situacional?

Como a liderança situacional não segue um modelo de gestão de equipes engessado, ela apresenta quatro tipos distintos para que possam ser aplicados em diferentes momentos, a depender, sobretudo, das demandas individuais e/ou da equipe. Eles são:

TIPOS DE LIDERANÇA SITUACIONAL E1 – Direção Líder centraliza decisões e orienta com clareza. Ideal para colaboradores com pouca experiência. E2 – Orientação Gestor ainda decide, mas escuta e orienta. Perfeito para quem tem motivação, mas pouca habilidade. E3 – Apoio Decisões compartilhadas. O líder encoraja, motiva e desenvolve a autoconfiança da equipe. E4 – Autonomia O time é autônomo e maduro. O líder delega, confia e acompanha com flexibilidade

Estilo 1 (E1) – Direção

Esse estilo de liderança situacional é o mais centralizado. Nela, o líder define o que precisa ser feito e como isso deve acontecer e precisa supervisionar de perto a realização das tarefas. Ela é mais diretiva e deve utilizar-se de uma comunicação bastante clara. 

De forma geral, ela é indicada em situações nas quais os colaboradores ainda possuem pouca habilidade para realizar uma tarefa, seja porque são novatos ou porque se trata de uma atividade crítica e determinante para o alcance de um importante resultado.

Estilo 2 (E2) – Orientação

Nesse tipo de liderança situacional, o poder de decisão ainda é centralizado no gestor. Entretanto, já existe um pouco mais de flexibilidade quando comparada ao estilo anterior.

Aqui, o líder estimula a equipe a contribuir com ideias e sugestões, debate alguns pontos e explica detalhadamente o porquê determinada atividade deve ser executada. Contudo, a tomada de decisão ainda é totalmente sua. O diferencial é a abordagem, que é menos diretiva e mais parecida com uma mentoria

Ela funciona bem em situações nas quais os colaboradores não possuem uma grande habilidade em determinada atividade, mas apresentam boa motivação e confiança para desempenhá-la. 

Estilo 3 (E3) – Apoio

Já esse estilo de liderança situacional possui uma abordagem mais colaborativa. Assim, o gestor supervisiona menos e sua função é incentivar os colaboradores a oferecerem suas ideias e perspectivas para que o trabalho seja feito em conjunto. 

O apoio é indicado para contextos corporativos em que os colaboradores possuem um nível de habilidade técnica e assertividade elevado, mas sofrem com a baixa confiança e motivação. 

Desse modo, o líder procura oferecer um suporte emocional e fazer com que os profissionais de sua equipe se sintam valorizados, para ajudá-los a resolverem essa questão internamente, impactando positivamente no trabalho.

Estilo 4 (E4) – Autonomia

Esse último estilo de liderança situacional tem como foco melhorar a autonomia e as habilidades dos colaboradores. Nesse sentido, o líder não se destaca por tomar decisões e realizar tarefas, mas sim por saber delegar as responsabilidades, promover a confiança e motivação da equipe e manter a organização do trabalho.

Assim, a equipe tem autonomia para tomar boa parte das decisões – mas também deve assumir a responsabilidade pelas consequências, obviamente. Outro ponto importante é que a comunicação é mais aberta e horizontal entre colaboradores e líderes. 

É um ótimo estilo para empresas em que os colaboradores possuem um altíssimo nível de maturidade, confiança e habilidades técnicas.

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Quais são os níveis de liderança situacional?

Antes de mais nada, é preciso saber que os níveis da liderança situacional estão diretamente relacionados com os níveis de maturidade da equipe

Sem dúvidas, a maturidade da equipe está relacionada com a competência e habilidade dos seus membros para realizarem as atividades com maior ou menor autonomia. 

É por meio da análise dos níveis de maturidade que um gestor poderá definir qual dos estilos de liderança situacional listados acima deverá ser aplicado. Na teoria de Paul Hersey e Ken Blanchard, esses níveis de maturidade são listados como níveis de prontidão, elencados entre P1 e P4.

Os 4 níveis de maturidade da equipe: P1 - Baixa vontade e baixa capacidade, P2 - Alta vontade e baixa capacidade, P3 - Baixa vontade e alta capacidade e P4 - Alta vontade e alta capacidade

Os 4 níveis de maturidade são:

  • P1 (Baixa vontade e baixa capacidade): neste nível de maturidade, os colaboradores não possuem habilidades e conhecimentos suficientes para concluírem suas tarefas de forma autônoma. Dentre as explicações para tal, está a falta de segurança e confiança em si próprio ou o fato de serem novos na empresa.
  • P2 (Alta vontade e baixa capacidade): aqui, os profissionais da equipe possuem certa experiência e habilidade, mas ainda precisam do apoio do gestor para a realização das tarefas. 
  • P3 (Baixa vontade e alta capacidade): neste nível, os colaboradores possuem as habilidades e competências necessárias para desempenharem suas funções com autonomia. Contudo, não se sentem motivados, confiantes e/ou encorajados para assumir as responsabilidades. 
  • P4 (Alta vontade e alta capacidade): este é o nível dos sonhos. Aqui, os profissionais têm habilidades, competências e motivação suficientes para desempenharem o seu trabalho com autonomia. Logo, o gestor possui muita flexibilidade e tranquilidade para gerir o seu capital intelectual. 

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Aplicações e exemplos da liderança situacional 

Para visualizar melhor a implementação, veja a seguir alguns exemplos da liderança situacional e como ela pode ser aplicada no dia a dia de uma empresa: 

Recrutamento de novos funcionários 

Diante da chegada de novos colaboradores, até que se tenha um diagnóstico mais preciso sobre as habilidades e motivação destes, a liderança situacional de direção pode ser a mais indicada, pelo menos durante o período de onboarding (primeiros dias e semanas na empresa).

Mudanças organizacionais 

Já no caso de alterações dentro da empresa, como a implementação de um novo sistema ou alterações radicais nas estratégias do negócio, a liderança situacional de apoio pode funcionar muito bem. 

Isso porque provavelmente os colaboradores já possuem as habilidades, mas podem estar inseguros para atuarem no novo cenário. Assim, uma gestão que reconhece as suas preocupações e incentiva a colaboração para encontrar um alinhamento é essencial. 

Equipes maduras e antigas

Por outro lado, se a empresa não está passando por nenhum momento de mudança e os colaboradores já são antigos e com um bom nível de maturidade, então a liderança situacional de autonomia pode ser ideal. 

Isso mostra que o gestor confia na autonomia do time para alcançar os objetivos e, portanto, tem mais tranquilidade para gerenciar. 

Leia também: 3 principais formas de incentivar o protagonismo dos colaboradores na sua empresa

Quais são as vantagens da liderança situacional?

Antes de listarmos as vantagens da liderança situacional, é válido destacar que esse é um modelo de gestão de equipes que está mais alinhado com as novas demandas do mercado de trabalho, principalmente porque os líderes autoritários e engessados desalinham a equipe e desmotivam os colaboradores. Logo, é necessário flexibilizar e se adaptar para gerir melhor o capital intelectual e os recursos que estão disponíveis. 

Diante disso, os principais benefícios desse modelo de liderança são: 

  • Impulsionar o trabalho colaborativo;
  • Compreender que as curvas de aprendizado dos colaboradores são distintas;
  • Proporcionar a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento individual e em equipe;
  • Focar em treinamentos e capacitações constantes dos colaboradores;
  • Ser capaz de promover a adaptação da equipe em diferentes contextos;
  • Melhorar a performance da equipe devido ao suporte adequado oferecido;
  • Aumentar a motivação dos colaboradores;
  • Eficiência nas tomadas de decisões;
  • Redução dos conflitos interpessoais no ambiente corporativo;
  • Comunicação sem ruídos, mais objetiva, eficaz e assertiva. 

E quais são os pontos negativos?

Assim como qualquer modelo de liderança, a situacional também tem alguns pontos negativos. Isso não significa que ela não deva ser implementada, pelo contrário. 

Apenas é necessário conhecer essas questões para que se possa antever e evitar possíveis problemas na gestão, considerando que o papel do líder é essencial no desenvolvimento do time

Sendo assim, é necessário ficar atento aos seguintes pontos:

  • A necessidade de se flexibilizar constantemente pode fazer com que o gestor se sinta cansado. Portanto, é necessário se preparar para isso.
  • Em equipes grandes, entender o nível de maturidade de cada colaborador pode exigir tempo e mais esforços. 
  • Se não forem bem comunicadas, as mudanças frequentes no estilo de liderança podem confundir a equipe. 
  • A autonomia atribuída a cada colaborador deve ser minuciosamente explicada para que não haja confusões de responsabilidades. 

Como implementar o treinamento e desenvolvimento de lideranças na sua empresa? 

Formar bons gestores na sua empresa é essencial para evitar cair nos pontos listados anteriormente. Isso porque eles estarão preparados para lidar com as adversidades da liderança situacional e de qualquer outro modelo. 

Ademais, ter líderes preparados faz com que automaticamente a sua organização tenha colaboradores eficientes e capazes de alcançar as metas individuais e coletivas. 

Neste cenário, os programas de treinamento e desenvolvimento são essenciais! 

Assim, para facilitar a implementação de T&D, você pode contar com uma plataforma de cursos corporativos que ofereça cursos para a área de liderança, como é o caso da Mobiliza!

Sim, nossa plataforma LMS oferece uma solução completa para os seus treinamentos corporativos, incluindo dos seus gestores. Oferecemos cursos prontos de liderança e, para facilitar ainda mais, contamos com uma trilha de aprendizagem completa para capacitar futuros e atuais líderes, na qual estão presentes alguns dos seguintes cursos:

  • Gestão e desenvolvimento de pessoas;
  • Gerenciando sua estratégia: do planejamento à execução;
  • Tomada de decisão;
  • Liderança assertiva e muito mais! 

Os cursos podem ser adquiridos de forma separada ou, caso prefira, você pode contratar a plataforma LMS da Mobiliza para garantir o acesso automático a mais de 430 cursos prontos, que podem ser personalizados com a sua logo e editados da forma como você preferir. 

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Então, aproveite essa oportunidade de capacitar os líderes da sua empresa de uma maneira simples, prática e rápida. Conheça hoje mesmo os cursos prontos da Mobiliza e acelere os resultados da sua organização!

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Angelina Hemckmeier
Designer e apaixonada por experiências que potencializam pessoas. Adora fazer parte de ambientes em constante evolução. Tem experiência na organização e mentoria de eventos de tecnologia, como o Startup Weekend e o Technovation Challenge, e também na produção de festas e piqueniques.
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